O bebê Davi Lima da Silva, de 1 ano e dez meses, teve 63% do corpo queimado com a água quente de uma churrasqueira elétrica, no domingo (8/03), em Rio Verde. Desde então, a família busca por tratamento especializado na rede pública de saúde. “Ele geme demais de dor. Quero arrumar uma vaga para ele em Goiânia”, diz a mãe, Maria Dalvino da Silva.
Inicialmente, o menino foi encaminhado para o hospital municipal de Rio Verde. Na segunda-feira (9/03), o transferiram para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica do Hospital de Urgências do Sudoeste (Hurso). Segundo o hospital, Davi está em estado grave, mas estável.
A unidade não tem atendimento especializado para queimaduras. Por isso, o diretor técnico do Hurso, Otávio Branchini, afirma que o paciente precisa ser transferido para um hospital com atendimento adequado.
“Toda criança queimada com área superior a 15% é considerada grave e ele tem muito mais do que isso e, principalmente, ele tem áreas de queimaduras de terceiro grau. Devemos considerá-lo como grave e que possíveis complicações podem aparecer em 48, 72 horas, dependendo dos cuidados e da evolução”, explica o médico.
A Secretaria de Saúde de Goiânia informou que o estado de Goiás possui apenas três leitos de queimaduras e o problema se agravou após um hospital de Anápolis parar de atender pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A expectativa do órgão é que uma vaga na capital seja desocupada nesta quarta-feira (11/03), o que possibilitará a transferência do bebê.
Fonte: G1 Goiás